Cinomose: O que é?
Doença altamente contagiosa provocada pelo vírus CDV (Canine Distemper Vírus), conhecido no Brasil como Vírus da Cinomose Canina (VCC). Da família Paramyxoviridae, atinge animais da família Canidae, Mustelidae, Mephitidae e Procyonidae degenerando os envoltórios lipídicos que envolvem os axônios dos neurônios, conhecidos como bainha de mielina. Afeta a todos os cães sendo os mais jovens geralmente os mais acometidos, geralmente ocorre associada à outras patologiasMas afinal, o que raios é essa doença e porque ela é conhecida como "o terror da clínica de pequenos animais?"
A cinomose, provocada pela vírus CDV nada mais é do que uma patologia de caráter neurológico, atingindo, portanto, o sistema neurológico do animal acometido. A bainha de mielina é responsável pela proteção dos axônios e também a aceleração da velocidade do impulso nervoso, logo, quando atingida a mesma pode ser comprometida ou sofrer o que nós conhecemos como desmielinização (o que nada mais é do que a destruição da bainha) seu comprometimento será um dos principais pontos para a determinação do comprometimento do sistema nervoso do animal.
E é então que os sintomas começam a surgir.
Sintomas
Estes que virão a variar de acordo com a idade do animal, os diferentes tipos de cepas do sorotipo CDV, o sistema imunológico do animal e outros fatores.O que abre ao clínico um verdadeiro leque de opções de sintomatológicas que acabam atrapalhando o diagnóstico e muitas vezes colocando a cinomose como possibilidade em diversos casos clínicos diferentes (por isso, não se assuste quando ver "cinomose" na aba de suspeitas do seu animalzinho que está apenas vomitando e triste, pode ser apenas uma suspeita mesmo).Mas, mesmo assim, ainda podemos listar alguns sintomas conhecidos como os mais característicos da patologia.
● Hiperqueratose dos coxins ("almofadinhas" dos cãezinhos)
● Febre
● Hipoplasia do esmalte dentário
● Paralisia
● Paresia
● Contrações musculares involuntárias
● Incoordenação
● Quedas
● Convulsões
● Rigidez muscular
● Vocalização
● Prostração
● Cegueira aparente
● Secreção ocular
Diagnóstico
Para o diagnóstico clínico-laboratorial é necessário a realização de um exame conhecido como Teste Rápido para Cinomose, ou CDV Ag. Nele o Médico Veterinário irá coletar a secreção ocular ou a amostra de sangue do animal para a realização do exame e em poucos minutos será possível a confirmação ou descarte da doença.
Positivo? Então é hora do tratamento.
Tratamento
Durante o tratamento o animal será submetido a diversos medicamentos, responsáveis por controlar as lesões musculares geradas pela patologia e promover auxílio ao sistema imunológico do animal para que este "lute" contra o vírus. Como já dito antes muitas vezes a cinomose se apresenta associada à outras patologias, e então será necessário o tratamento das doenças concomitantes também; estas que podem ser várias, mas os casos mais comuns são associados a erliquiose, babesiose e parvovirose.
O clínico deve se lembrar também da possibilidade de infecções secundárias e promover a adição de imunomoduladores e vitaminas ao protocolo medicamentoso do paciente.
O tratamento é longo, e por muitas vezes um tanto custoso ao bolso do tutor. O torna a prevenção muito melhor do que o tratamento da patologia em si.
Outro agravante é o prognóstico: Reservado ou ruim. Indicando que a cinomose é instável e o tratamento pode vir a não ser tão satisfatório quanto deveria, as chances de óbito são altas, e os sobreviventes muitas vezes apresentam sequelas como:
● Contrações musculares involuntárias
● Paresia
● Paralisia
● Problemas visuais
● Problemas auditivos
● Problemas dentários
● Convulsões
A cinomose não possui cura parasitológica apenas cura clínica, infelizmente, o tratamento consiste em dar suporte ao organismo do animal para que este consiga controlar o vírus e minimizar seus danos. A cura ocorre apenas quanto as doenças concomitantes. Cães diagnosticados com cinomose devem ser mantidos isolados de cães saudáveis a fim de evitar a transmissão do vírus que ocorre com extrema facilidade, cães que apresentam cura clínica não possuem a capacidade de disseminar o vírus quando seu sistema imunológico se apresenta bem.
Os locais e objetos contaminados por cães portadores do vírus CDV devem ser desinfetados com desinfetantes próprios para tal.
Mas vale lembrar que a vacina, assim como todas as outras, não possui uma taxa de 100% de segurança e por isso mesmo que raros, há casos de cães vacinados com vacinas de excelente qualidade que contraíram a cinomose.
Abaixo algumas dicas para manter o seu melhor amigo longe dessa terrível doença.
● Vacine seu animal a partir dos 45 dias de vida, realizando 3 aplicações de V10 importada
● Realize o reforço da V10 anualmente
● Evite que seu cão tenha contato com animais doentes ou não vacinados
● A qualquer sinal de anormalidade, consulte um Médico Veterinário
Confira agora algumas espécies que também podem sofrer com a cinomose.
● Furão
● Doninha
● Lontra
● Marta
● Texugo-europeu
● Doninha de nuca branca
● Hiena
● Lobo-da-terra
● Crocuta
● Lince do deserto
● Cão selvagem asiático
● Foca
● Leão marinho
Outro agravante é o prognóstico: Reservado ou ruim. Indicando que a cinomose é instável e o tratamento pode vir a não ser tão satisfatório quanto deveria, as chances de óbito são altas, e os sobreviventes muitas vezes apresentam sequelas como:
● Paresia
● Paralisia
● Problemas visuais
● Problemas auditivos
● Problemas dentários
● Convulsões
A cinomose não possui cura parasitológica apenas cura clínica, infelizmente, o tratamento consiste em dar suporte ao organismo do animal para que este consiga controlar o vírus e minimizar seus danos. A cura ocorre apenas quanto as doenças concomitantes. Cães diagnosticados com cinomose devem ser mantidos isolados de cães saudáveis a fim de evitar a transmissão do vírus que ocorre com extrema facilidade, cães que apresentam cura clínica não possuem a capacidade de disseminar o vírus quando seu sistema imunológico se apresenta bem.
Os locais e objetos contaminados por cães portadores do vírus CDV devem ser desinfetados com desinfetantes próprios para tal.
Prevenção
A vacinação é a melhor forma de evitar que seu animal contraia o vírus da cinomose, de preferência vacinas chamadas "importadas"; variando em V8, V10 e V11.Mas vale lembrar que a vacina, assim como todas as outras, não possui uma taxa de 100% de segurança e por isso mesmo que raros, há casos de cães vacinados com vacinas de excelente qualidade que contraíram a cinomose.
Abaixo algumas dicas para manter o seu melhor amigo longe dessa terrível doença.
● Vacine seu animal a partir dos 45 dias de vida, realizando 3 aplicações de V10 importada
● Realize o reforço da V10 anualmente
● Evite que seu cão tenha contato com animais doentes ou não vacinados
● A qualquer sinal de anormalidade, consulte um Médico Veterinário
Outras espécies acometidas
O vírus da cinomose não acomete apenas cães como também uma série de outras espécies que devem estar em dia com os cuidados veterinários contra essa doença. Vale lembrar que a cinomose não é transmitida para seres humanos e os animais selvagens não devem ser submetidos à caça, apenas mantenha seus animais longe do contato com os animais de vida livre.Confira agora algumas espécies que também podem sofrer com a cinomose.
● Furão
● Doninha
● Lontra
● Marta
● Texugo-europeu
● Doninha de nuca branca
● Hiena
● Lobo-da-terra
● Crocuta
● Lince do deserto
● Cão selvagem asiático
● Foca
● Leão marinho
Referências
BORIN-CRIVELLENTI, Sofia; Z. CRIVELLENTI, Leandro. Casos de Rotina em Medicina Veterinária de Pequenos Animais. São Paulo: MedVet, 2012.
GREENE, Craig E. Doenças Infecciosas Em Cães e Gatos. [S. l.]: ROCA, 2015.
JERICÓ, Márcia Marques et al. Tratado de medicina interna de cães e gatos. [S. l.]: ROCA, 2014.
LITFALLA, Felipe et al. Cinomose e o processo de desmielinização. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, São Paulo, 2008. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/Zf2Nc2Y4x0z2ZtO_2013-6-14-14-40-31.pdf. Acesso em: 17 jul. 2019.
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